Muitos descendentes de imigrantes alemães que chegaram ao Brasil no século XIX se perguntam por que não têm direito à cidadania alemã. Para entender essa questão, é importante conhecer a alguns pontos da histórica da Alemanha.
Entre 1794 e 1814, a região do Rio Reno — incluindo a cidade de Bacharach, terra natal da família Dienstmann — foi ocupada pelas tropas de Napoleão. Em 1815, após a derrota de Napoleão, formou-se a Confederação dos Estados Alemães, composta por 35 estados independentes e 4 cidades livres (Frankfurt/Meno, Bremen, Hamburgo e Lübeck), liderada pela Prússia e pela Áustria. Essa confederação era uma aliança militar, mas faltava unidade política e os estados não se viam como uma nação.
A primeira unificação da Alemanha só ocorreu em 1871, com a criação do Império Alemão, que foi dissolvido após a Primeira Guerra Mundial. Depois da Segunda Guerra, em 1945, a Alemanha foi dividida em duas partes: a República Democrática Alemã (RDA), sob influência soviética, e a República Federal da Alemanha (RFA), criada em 1949. A reunificação da Alemanha aconteceu em 1990, com a queda do Muro de Berlim.
A cidadania alemã para descendentes está baseada nas leis criadas após essa reunificação. Com tantas mudanças ao longo dos últimos 200 anos, é compreensível que os descendentes de imigrantes alemães do século XIX não tenham direito à cidadania, pois até 1871 a Alemanha não existia como País.
Para mais detalhes, consulte a Embaixada da Alemanha no Brasil.
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